A
BOA SOPA
ERA UMA VEZ...UMA MOCINHA
MUITO POBRE CHAMADA ANA E QUE VIVIA SOZINHA COM SUA MÃE NUMA CIDADEZINHA AO
LONGE DAQUI.
ELAS PASSAVAM POR DIAS
DIFÍCEIS E QUASE NÃO TINHAM O QUE COMER. A MÃE ESTAVA DESEMPREGADA E A MENINA
AINDA ERA MUITO NOVA PRA TRABALHAR.
NESSE DIA, COMO NÃO HAVIA
MAIS NADA PRA COZINHAR NA CASA DELAS, ANA ENTROU NUM MATAGAL EM BUSCA DE ALGUMA
FRUTA. ENCONTROU UMA MULHER IDOSA QUE PARECIA CONHECER A MENINA E SUA POBREZA.
ELA DISSE:
-SEI O QUE PROCURA, MINHA
FILHA.
E ANA FICOU AINDA MAIS
SURPRESA QUANDO A MULHER TIROU DE UMA SACOLA UMA PANELINHA, VAZIA. LOGO PENSOU
QUE AQUELA SENHORA TALVEZ TIVESSE SE ENGANADO, JÁ QUE PROCURAVA POR COMIDA E
NÃO POR UMA PANELA VAZIA, PORQUE ISSO JÁ TINHA EM CASA.
MAS A ESTRANHA SENHORA
DISSE:
-É UMA PANELINHA MÁGICA, MEU
BEM. BASTA DIZER A ELA:
- "PANELINHA,
COZINHE!"- PARA QUE NA MESMA HORA ELA COZINHE UMA DELICIOSA SOPA, BEM
CREMOSA; E QUANDO NÃO QUISER MAIS QUE ELA COZINHE, DIGA: -"PANELINHA, PODE
PARAR!" E ELA LOGO VAI PARAR DE FAZER A SOPA.
A MENINA AGRADECEU E VOLTOU
CORRENDO PRA CASA LEVANDO A PANELA E COM AQUELE PRESENTE A POBREZA DAS DUAS
ACABOU, POIS MÃE E FILHA COMIAM A BOA COMIDA SEMPRE QUE SENTIAM VONTADE, E NA
QUANTIDADE QUE QUISESSEM.
MAS CHEGOU O DIA DAS AULAS
COMEÇAREM E ANA IRIA PARA A ESCOLA. COMO ESTUDAVA EM PERÍODO INTEGRAL,
PREOCUPOU-SE COM A MÃE E A PANELINHA, POIS SEMPRE ERA ANA QUE DIZIA AS PALAVRAS
MÁGICAS. A MÃE DE ANA DISSE A ELA PRA FICAR SOSSEGADA, PORQUE, AFINAL, ESTAVA
ACOSTUMADA A VER A MENINA FAZER AQUILO TODOS OS DIAS.
ENTÃO A MENINA FOI DE
MANHÃZINHA PARA A ESCOLA, FELIZ POR ENCONTRAR OS AMIGOS E PROFESSORES.
NA HORA DO ALMOÇO A MÃE, QUE
JÁ TINHA LIMPADO TODA A CASA, DISSE:
-PANELINHA, COZINHE! E A
PANELA COMEÇOU A COZINHAR... AQUELE CHEIRINHO BOM SE ESPALHOU PELA CASA. QUANDO
A FOME DA MÃE JÁ HAVIA ACABADO, QUIS QUE A PANELINHA PARASSE, MAS DESCOBRIU QUE
NÃO SE LEMBRAVA DESSA PARTE. NÃO SABIA O QUE ERA PRECISO DIZER. ENTÃO COMEÇOU A
TENTAR MUITAS FRASES, MAS A PANELINHA CONTINUOU.
COMEÇOU A DERRAMAR SOPA POR
TODO O FOGÃO LIMPINHO...
-E AGORA? VOU TER QUE
ESFREGAR DE NOVO AS TAMPINHAS DO FOGÃO! PARE COM ISSO, PANELINHA, POR FAVOR!
E A PANELINHA CONTINUOU. E
AQUELA SOPA DELICIOSA ESCORREU POR TODA A COZINHA, ENTROU NOS QUARTOS, NO
BANHEIRO, NA SALA. SAIU PELA PORTA DA FRENTE ATRÁS DA MÃE, QUE JÁ PEDIA SOCORRO
À VIZINHA. DE NADA ADIANTOU. A SOPA ENTROU PELA CASA DA VIZINHA TAMBÉM E POR
TODAS AS OUTRAS CASAS DO QUARTEIRÃO. LOGO TODO O BAIRRO JÁ ESTAVA CHEIO DE
SOPA, QUENTINHA E CREMOSA.
QUANDO SÓ FALTAVA A ESCOLA
DE ANA PRA FICAR CHEIA DE SOPA, A MENINA SENTIU AQUELE CHEIRINHO QUE ELA
CONHECIA MUITO BEM E OLHOU PELA JANELA. A MÃE ESTAVA NO MEIO DAQUELE RIO DE
SOPA CHAMANDO PELA MENINA QUE LOGO ENTENDEU O QUE HAVIA ACONTECIDO.
ANA DISSE:
-PANELINHA, PODE PARAR. E A
PANELINHA OBEDECEU.
AS PESSOAS DA CIDADE
LIMPARAM AQUELA SOPA TODINHA, MAS DIZEM QUE ATÉ HOJE, QUEM PASSA POR LÁ AINDA
ENCONTRA PELOS CANTOS OS RESTINHOS DA SOPA.
E ESTA HISTÓRIA ENTROU PELA
PORTA E SAIU PELA JANELA. QUEM QUISER QUE ACREDITE NELA.
Reconto Oral
Panela encantada
Certo dia a pobre família,
Não tinha sequer comida
E então aconteceu o que nos extasia.
Pediu a linda menininha:
_Cozinhe panelinha!
_Cozinhe panelinha!
E vejam que maravilha!
A panelinha sozinha,
Cozinhou uma sopinha
Muito gostosa
E cremosa.
Cozinhou uma sopinha
Muito gostosa
E cremosa.
A mãe já empanturrada,
Pois, a panelinha não parava
Ficou muito assustada,
Eis que começava
A esparramar:
Pois, a panelinha não parava
Ficou muito assustada,
Eis que começava
A esparramar:
_Tinha sopa na rua,
Na casa da vizinha,
Enfim em todo lugar.
Na casa da vizinha,
Enfim em todo lugar.
A mulher não sabia
O que fazer...
O que fazer...
Até que chegou a menininha
E, calmamente falou:
E, calmamente falou:
_Panelinha você já pode parar!
A panela parou.
Mas o pior
É o que aconteceu
Quem quisesse na cidade entrar
Tinha que lamber
Pois, a sopa tinha que comer...
Mas o pior
É o que aconteceu
Quem quisesse na cidade entrar
Tinha que lamber
Pois, a sopa tinha que comer...
A autora dessa poesia é uma criança que não me recordo o nome
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