· Realizar, na hora do banho, massagens, estimulação das palmas das mãos e dos pés, movimentos na água junto com a criança etc;
· favorecer o desenvolvimento oral e corporal por meio da música, juntamente com as atividades de higiene, trocas, alimentação etc.;
· proporcionar brincadeiras de roda, esconde/esconde e outras para permitir o desenvolvimento da oralidade, da espontaneidade e da socialização da criança;
· utilizar brincadeiras com música para estimular as crianças na manutenção de boa postura (importante que o professor tome cuidados com sua própria postura, pois a criança age por imitação do adulto);
· fazer uso de atividades no espelho, trabalhando a expressividade de cada um: as crianças farão caretas, mímicas, enfim, brincarão com a própria imagem;
· desenvolver atividades relacionadas aos jogos de imitação e mímica.
· Hora da rodinha com histórias, músicas, etc;
· Brincadeiras ao ar livre
· Brincadeiras livres e banho de sol (de acordo com as condições climáticas).
· Passeio externo ou interno.
· Brincadeiras coletivas ou opções individuais (organização de diferentes materiais para interação das crianças).
Equilíbrio e Coordenação
· Brincar em rodinhas levando a criança a levantar-se, sentar-se, andar, deitar, correr etc.;
· contar histórias e pedir que as crianças participem com gestos e mímicas, dramatizando-as;
· organizar atividades onde a criança possa manipular grandes e pequenos objetos, pular obstáculos, andar para frente e para trás, empurrar objetos, encaixar etc.;
· proporcionar brincadeiras de estátua, fique onde está, corre-cotia, coelhinho na toca etc.;
· propor brincadeiras diversas com corda elástica, bambolês, garrafas plásticas, colchões, bastões, bolas etc.
Artes Visuais
· Levar a criança a imitar formas e figuras por meio da representação;
· proporcionar exploração de marcas, gestos e texturas;
· confeccionar tintas e massas com a participação das crianças para observação das propriedades, possibilidades de registro e transformações;
· propor toques sobre diversos tipos de superfície como lixa, argila, papel liso, rugado etc.;
· favorecer a articulação das sensações corporais e das marcas gráficas;
· promover impressão de marcas em papel comprido ou no chão, para que as crianças caminhem e percebam suas marcas (claras/escuras);
· imprimir com as crianças marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
O Fazer Musical
· Propiciar a escuta de diferentes sons produzidos por brinquedos sonoros;
· levar a criança a ouvir e aprender canções, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos etc.;
· estimular a produção de sons diversos (vozes de animais, ruídos, palmas, batidas de pés…);
· favorecer a exploração de materiais sonoros de corda, percussão e sopro;
· promover o contato com obras musicais diversas;
· gravar as produções e interpretações das crianças;
· realizar, durante o banho, brincadeiras com água e brinquedos sonoros alternando som e silêncio;
· promover passeios pelo ambiente escolar para explorar os sons de cada espaço;
· oferecer oportunidades de ouvir e observar os sons da natureza, em atividades externas;
· confeccionar materiais sonoros, observando o nível de habilidade das crianças do berçário;
· contar histórias enfatizando os sons existentes;
· proporcionar a participação em jogos e brincadeiras cantadas;
· promover a exploração livre dos sons graves e agudos (altura), forte ou fraco (intensidade), curtos ou longos (duração).
· As melodias, as canções e acalantos têm um espaço cativo neste período. Não se deve esquecer das parlendas como brincadeiras para desenvolvimento oral.
· Os acalantos e brincos são formas de brincar musical característico da primeira fase da vida da criança.
Exemplos:
Acalantos – Boi da cara-preta
Brilha, brilha estrelinha
Dorme, neném
Mamãe
Brincos – Serra, serra, serrador
Palminhas de guiné
Dedo mindinho
Upa, upa, cavalinho
Parlendas – Hoje é Domingo, pé de cachimbo…
Tempo perguntou ao tempo…
Doce perguntou ao doce…
Rei capitão, soldado, ladrão…
Lá em cima do piano…
Uni, dune, tê, salamê…
A criança e a linguagem
· Conversar e cantar, freqüentemente, com o bebê para intensificar a relação
afetiva e desenvolver a linguagem;
· instigar a emissão de sons e a pronúncia de pequenas palavras carregadas de significado para o bebê;
· incentivar a fala da criança nos diálogos, nas rodinhas etc.;
· dialogar, na troca de roupas e na hora do banho, deixando a criança expressar verbalmente suas idéias e conhecimento do mundo com liberdade;
· disponibilizar livros e revistas para folhear e nomear figuras, personagens, gravuras e reconhecer a linguagem escrita;
· contar histórias e levar a criança a comentar;
· proporcionar dramatizações com máscaras, fantoches, mímicas, imitar voz de personagens, animais;
· propiciar brincadeiras de teatrinho usando roupas, sapatos, bolsas e outros objetos de adulto, deixando que as crianças criem diversas situações;
· deixar que a criança se expresse livremente histórias, parlendas etc.;
· estimular a interação com outras crianças e adultos;
· deixar a criança transmitir recados simples;
· levar a criança a falar o nome das pessoas e objetos que estão por perto, pronunciando corretamente as palavras;
· trabalhar com projetos de acordo com a faixa etária;
· propiciar jogos de percepção e observação em situações cotidianas;
· proporcionar momento de conto de histórias em ambientes diversificados (debaixo de árvores, antes de dormir etc.);
· direcionar a ação pedagógica de forma a criar situações de fala e compreensão da linguagem (gravar fala, entrevistas com as crianças etc.).
Natureza e Sociedade
· Propiciar às crianças a observação da diversidade de pequenos animais presentes no ambiente (como a tartaruga Magali da nossa creche);
· ampliar o repertório histórico e cultural das crianças por meio de músicas, jogos e brincadeiras dos tempos de seus pais e avós;
· oportunizar o manuseio e a exploração de diferentes tipos de objetos;
· propiciar a exploração dos diversos órgãos sensoriais e suas funções como a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar para percepção do corpo e das interações que ele estabelece;
· nomear com as crianças as partes do corpo e algumas funções de forma contextualizada, por meio de situações reais e cotidianas;
· promover excursões pelos arredores da instituição para reconhecimento de animais, a fim de que as crianças percebam os sons produzidos, onde se abrigam, como se locomovem, como se alimentam etc.;
· formular questões provocadoras para que as crianças manifestem suas hipóteses e encadeiem novas questões (Ex.: chuva caindo, relâmpagos, caule das plantas, tronco quebrado ou apodrecido etc.);
· oportunizar informações em fontes variadas (livros, revistas, jornais, filmes etc.);
· desenvolver projetos que integrem diversas dimensões do mundo social e natural.
Pensamento Lógico-Matemático
· Oportunizar à criança brincadeiras como jogos de esconder ou de pega-pega onde um dos participantes deverá contar, enquanto espera os outros se posicionarem;
· propor brincadeiras e cantigas que incluam diferentes formas de contagem (Ex.: a galinha do vizinho bota ovo amarelinho, bota um, bota dois… etc.);
· propor situações que propiciem a troca de idéias sobre as representações;
· propiciar a utilização de material massa de modelar de farinha de trigo com anilina;
· construir diferentes circuitos de obstáculos com almofadas, colchonetes, pneus e panos por onde as crianças possam engatinhar ou andar;
· possibilitar a representação do espaço numa outra dimensão (construir torres, pistas para carros e cidades, em blocos de madeira ou encaixe);
· organizar PAINEL com pesos e medidas das crianças para que elas observem suas diferenças (comparar o tamanho de seus pés e depois olhar os números em seus sapatos);
· oportunizar à criança audição de músicas do folclore brasileiro, de rimas infantis, envolvendo contagem e números utilizados como forma de aproximação com a seqüência numérica oral;
· ORGANIZAR UM QUADRO DE ANIVERSARIANTES, contendo a data do aniversário e a idade de cada criança;
· providenciar, para cada berço, objetos (brinquedos, argolas, móbiles) para que o bebê possa observar, tocar, tendo um despertar prazeroso.
Estimulação (IMPORTANTE)
A repetição e os elogios são muito importantes para que as crianças se sintam estimuladas a avançar na construção do seu conhecimento. Para isso, o educador pode utilizar atividades de estimulação como as seguintes:
· levar a mão do nenê a acariciar o seu rosto e fazer o mesmo com sua mão no rosto do nenê;
· carregar a criança nos braços, voltada para a frente, formando uma cadeira com seus próprios braços, ou então acomodá-la de bruços, pois assim ela terá uma maior amplitude visual;
· fazer movimentos com objetos coloridos, que façam barulho, para que a criança ouça, observe e acompanhe;
· pendurar objetos coloridos e sonoros (sem exagerar na quantidade) em posições diferentes e na altura que a criança possa alcançar (no início, ela só olhará para eles; mais tarde, tentará tocá-los);
· acomodar o nenê no chão, de bruços, sobre um tapete ou cobertor, com vários objetos coloridos ou que façam barulho à sua frente; fazer um pequeno rolo com uma toalha e colocá-lo debaixo do peito do nenê, estimulando-o para que ele se mova em direção aos objetos;
· oferecer a mamadeira para o bebê, ajudando-o a segurá-la com as duas mãos, em posição reclinada. Olhar sempre nos olhos dessa criança e conversar com ela;
· procurar deixar o nenê entre 3 e 6 meses, quando acordado, em posição reclinada, apoiado em travesseiro e com suas próprias mãos colocadas à frente;
· procurar tornar a hora do banho bem agradável, segurando o bebê firme, para que se sinta seguro. Fazer brincadeiras como bater as mãos e os pés na água, colocar objetos que fiquem boiando na banheira para chamar atenção do bebê etc.;
· levar, sempre que possível, o bebê para passear; cantar para ele e mostrar-lhe coisas diferentes;
· fazer a criança rolar de um lado para o outro, sempre mostrando algum objeto colorido que possa interessá-la;
· deitar o nenê de costas; aproximar um chocalho de seus pés e fazê-lo dar chutes para movimentá-lo e produzir sons;
· colocar o bebê em frente a um espelho durante algum tempo, chamando-lhe a atenção para que se olhe;
· dar à criança um objeto pequeno, procurando fazê-la passar de uma à outra mão;
· dar dois objetos pequenos ao bebê para que segure um em cada mão; tentar fazê-lo bater um no outro. Procure imitar o som produzido;
· oferecer ao nenê objetos de vários tipos como: espuma, lixa, toalha, madeira, metal, borracha e outros. Se ele estranhar, apresentar o objeto em outra ocasião e em outro contexto. Oferecer também alimentos ou objetos variados, para que a criança possa sentir gostos e cheiros diferentes. Exemplo: açúcar, sal, limão, talco, perfume etc.;
· permitir que a criança vá, gradativamente, pegando com as próprias mãos, pedaços de frutas, pão etc.; permitir, também, que ela mexa na comida e não se importe se ela se sujar (esta atividade é importante para que mais tarde a criança aprenda a comer sozinha);
· acariciar, cantar e repetir sons ou gestos emitidos pela criança na hora da troca de fraldas ou do banho;
· fazer, a partir dos sete meses, o nenê sentar-se sozinho, em posição de ioga, apoiando as mãos na frente do corpo;
· brincar de “cuca-achou” ou “achou-sumiu” com o nenê, cobrindo o seu rosto com um pano, chamando a sua atenção e levando-o a retirar o pano. Se o nenê não entender a brincadeira, recomeçar tampando somente a metade do seu rosto. Depois, esconder o rosto do nenê e esperar que ele retire o pano. Esta brincadeira deve ser acompanhada de risos e gritos de alegria. Repetir esta brincadeira escondendo objetos de que a criança goste;
· bater palmas, levantar os braços, fazer gestos para que a criança o acompanhe já que ela gosta de imitar gestos;
· colocar o nenê de pé (depois dos oito meses) sobre suas próprias pernas, segurando-lhe as mãos; fazer com que ele impulsione seu corpinho para cima e para baixo, que se levante apoiando-se nas grades do berço, do quadrado, numa mesinha, chamando ou mostrando um brinquedo interessante;
· colocar vários objetos num barbante e ensinar a criança a puxá-los (esta atividade deve ser feita com os nenês que já engatinham ou que já andem);
· dar papel macio para que os bebês rasguem ou amassem com o cuidado para não colocar na boca.
Sugestões de Atividades da Rotina:
· chegada e recepção das crianças;
· organização da sala e dos materiais;
· atividades didático-pedagógicas;
· brincadeiras ao ar livre;
· higiene e troca de roupa;
· almoço;
· higiene bucal;
· repouso;
· atividades alternativas para as crianças que vão acordando;
· lanche;
· atividades didático-pedagógicas;
· brincadeiras ao ar livre;
· higiene e troca de roupa;
· jantar;
· higiene bucal;
· reorganização da sala;
· saída.
OBS: A construção da rotina deve ser feita pela escola levando-se em conta os seguintes aspectos:
· o cotidiano na creche está impregnado de vínculos e afetos nas atividades como comer, dormir, trocar fraldas, dar banhos etc.;
· o educador deve diversificar ao máximo o lugar das atividades, oportunizando passeios, excursões, entrevistas que proporcionem maior interação e diferentes leituras do mundo;
· as propostas devem ser desafiadoras, significativas e prazerosas, possibilitando novas descobertas;
· a diferenciação das realidades e a disponibilidade de materiais e espaços.
Bibliografia Recomendada
BALAGUER,I. Entrevista. Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre, n.7, nov1998/jan1999.
BONDIOLI,A. Manual de educação infantil de 0 a 3 anos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
BRASIL,BRASÍLIA. LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.1996.
_______.CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer 022/98. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil.. Brasília:,1998.
_______.Estatuto da criança e do adolescente. Lei 8.069/90.Rio de Janeiro:DP&A,2001.
_______.Referencial curricular nacional para a educação infantil. vols.I, II e III, Brasília: MEC-SEF,1998.
_______. Política nacional de educação infantil. Brasília. MEC/SEF, Coordenação de Educação Infantil.Brasília,1994.
EDWARDS,C. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FARIA,A.L.et alii. Educação Infantil Pós-LDB: rumos e desafios. São Paulo: Autores Associados, 1999.
FREINET,C. A pedagogia do bom senso. São Paulo: Martins Fontes, 1973.
GALVÃO,H.. Henri Wallon : uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes. 2.ª ed., 1995.
GARCIA, R.L. Em defesa da educação infantil. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
GARDNER, H. A criança pré-escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
LAROSSA, J. O enigma da infância: ou o que vai do impossível ao verdadeiro. In Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. Porto Alegre: Contra Bando, 1998.
PINTO,M. et alii. As crianças: contextos e identidades. Portugal: Universidade do Minho - Centro de Estudos da Criança,1997.
ROSEMBERG, F. et alii.. Creches e pré-escolas no hemisfério norte. São Paulo:Cortez -FCC,1994.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente : o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
ZABALZA, M. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
Expressividade
· Realizar, na hora do banho, massagens, estimulação das palmas das mãos e dos pés, movimentos na água junto com a criança etc;
· favorecer o desenvolvimento oral e corporal por meio da música, juntamente com as atividades de higiene, trocas, alimentação etc.;
· proporcionar brincadeiras de roda, esconde/esconde e outras para permitir o desenvolvimento da oralidade, da espontaneidade e da socialização da criança;
· utilizar brincadeiras com música para estimular as crianças na manutenção de boa postura (importante que o professor tome cuidados com sua própria postura, pois a criança age por imitação do adulto);
· fazer uso de atividades no espelho, trabalhando a expressividade de cada um: as crianças farão caretas, mímicas, enfim, brincarão com a própria imagem;
· desenvolver atividades relacionadas aos jogos de imitação e mímica.
· Hora da rodinha com histórias, músicas, etc;
· Brincadeiras ao ar livre
· Brincadeiras livres e banho de sol (de acordo com as condições climáticas).
· Passeio externo ou interno.
· Brincadeiras coletivas ou opções individuais (organização de diferentes materiais para interação das crianças).
Equilíbrio e Coordenação
· Brincar em rodinhas levando a criança a levantar-se, sentar-se, andar, deitar, correr etc.;
· contar histórias e pedir que as crianças participem com gestos e mímicas, dramatizando-as;
· organizar atividades onde a criança possa manipular grandes e pequenos objetos, pular obstáculos, andar para frente e para trás, empurrar objetos, encaixar etc.;
· proporcionar brincadeiras de estátua, fique onde está, corre-cotia, coelhinho na toca etc.;
· propor brincadeiras diversas com corda elástica, bambolês, garrafas plásticas, colchões, bastões, bolas etc.
Artes Visuais
· Levar a criança a imitar formas e figuras por meio da representação;
· proporcionar exploração de marcas, gestos e texturas;
· confeccionar tintas e massas com a participação das crianças para observação das propriedades, possibilidades de registro e transformações;
· propor toques sobre diversos tipos de superfície como lixa, argila, papel liso, rugado etc.;
· favorecer a articulação das sensações corporais e das marcas gráficas;
· promover impressão de marcas em papel comprido ou no chão, para que as crianças caminhem e percebam suas marcas (claras/escuras);
· imprimir com as crianças marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
O Fazer Musical
· Propiciar a escuta de diferentes sons produzidos por brinquedos sonoros;
· levar a criança a ouvir e aprender canções, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos etc.;
· estimular a produção de sons diversos (vozes de animais, ruídos, palmas, batidas de pés…);
· favorecer a exploração de materiais sonoros de corda, percussão e sopro;
· promover o contato com obras musicais diversas;
· gravar as produções e interpretações das crianças;
· realizar, durante o banho, brincadeiras com água e brinquedos sonoros alternando som e silêncio;
· promover passeios pelo ambiente escolar para explorar os sons de cada espaço;
· oferecer oportunidades de ouvir e observar os sons da natureza, em atividades externas;
· confeccionar materiais sonoros, observando o nível de habilidade das crianças do berçário;
· contar histórias enfatizando os sons existentes;
· proporcionar a participação em jogos e brincadeiras cantadas;
· promover a exploração livre dos sons graves e agudos (altura), forte ou fraco (intensidade), curtos ou longos (duração).
· As melodias, as canções e acalantos têm um espaço cativo neste período. Não se deve esquecer das parlendas como brincadeiras para desenvolvimento oral.
· Os acalantos e brincos são formas de brincar musical característico da primeira fase da vida da criança.
Exemplos:
Acalantos – Boi da cara-preta
Brilha, brilha estrelinha
Dorme, neném
Mamãe
Brincos – Serra, serra, serrador
Palminhas de guiné
Dedo mindinho
Upa, upa, cavalinho
Parlendas – Hoje é Domingo, pé de cachimbo…
Tempo perguntou ao tempo…
Doce perguntou ao doce…
Rei capitão, soldado, ladrão…
Lá em cima do piano…
Uni, dune, tê, salamê…
A criança e a linguagem
· Conversar e cantar, freqüentemente, com o bebê para intensificar a relação
afetiva e desenvolver a linguagem;
· instigar a emissão de sons e a pronúncia de pequenas palavras carregadas de significado para o bebê;
· incentivar a fala da criança nos diálogos, nas rodinhas etc.;
· dialogar, na troca de roupas e na hora do banho, deixando a criança expressar verbalmente suas idéias e conhecimento do mundo com liberdade;
· disponibilizar livros e revistas para folhear e nomear figuras, personagens, gravuras e reconhecer a linguagem escrita;
· contar histórias e levar a criança a comentar;
· proporcionar dramatizações com máscaras, fantoches, mímicas, imitar voz de personagens, animais;
· propiciar brincadeiras de teatrinho usando roupas, sapatos, bolsas e outros objetos de adulto, deixando que as crianças criem diversas situações;
· deixar que a criança se expresse livremente histórias, parlendas etc.;
· estimular a interação com outras crianças e adultos;
· deixar a criança transmitir recados simples;
· levar a criança a falar o nome das pessoas e objetos que estão por perto, pronunciando corretamente as palavras;
· trabalhar com projetos de acordo com a faixa etária;
· propiciar jogos de percepção e observação em situações cotidianas;
· proporcionar momento de conto de histórias em ambientes diversificados (debaixo de árvores, antes de dormir etc.);
· direcionar a ação pedagógica de forma a criar situações de fala e compreensão da linguagem (gravar fala, entrevistas com as crianças etc.).
Natureza e Sociedade
· Propiciar às crianças a observação da diversidade de pequenos animais presentes no ambiente (como a tartaruga Magali da nossa creche);
· ampliar o repertório histórico e cultural das crianças por meio de músicas, jogos e brincadeiras dos tempos de seus pais e avós;
· oportunizar o manuseio e a exploração de diferentes tipos de objetos;
· propiciar a exploração dos diversos órgãos sensoriais e suas funções como a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar para percepção do corpo e das interações que ele estabelece;
· nomear com as crianças as partes do corpo e algumas funções de forma contextualizada, por meio de situações reais e cotidianas;
· promover excursões pelos arredores da instituição para reconhecimento de animais, a fim de que as crianças percebam os sons produzidos, onde se abrigam, como se locomovem, como se alimentam etc.;
· formular questões provocadoras para que as crianças manifestem suas hipóteses e encadeiem novas questões (Ex.: chuva caindo, relâmpagos, caule das plantas, tronco quebrado ou apodrecido etc.);
· oportunizar informações em fontes variadas (livros, revistas, jornais, filmes etc.);
· desenvolver projetos que integrem diversas dimensões do mundo social e natural.
Pensamento Lógico-Matemático
· Oportunizar à criança brincadeiras como jogos de esconder ou de pega-pega onde um dos participantes deverá contar, enquanto espera os outros se posicionarem;
· propor brincadeiras e cantigas que incluam diferentes formas de contagem (Ex.: a galinha do vizinho bota ovo amarelinho, bota um, bota dois… etc.);
· propor situações que propiciem a troca de idéias sobre as representações;
· propiciar a utilização de material massa de modelar de farinha de trigo com anilina;
· construir diferentes circuitos de obstáculos com almofadas, colchonetes, pneus e panos por onde as crianças possam engatinhar ou andar;
· possibilitar a representação do espaço numa outra dimensão (construir torres, pistas para carros e cidades, em blocos de madeira ou encaixe);
· organizar PAINEL com pesos e medidas das crianças para que elas observem suas diferenças (comparar o tamanho de seus pés e depois olhar os números em seus sapatos);
· oportunizar à criança audição de músicas do folclore brasileiro, de rimas infantis, envolvendo contagem e números utilizados como forma de aproximação com a seqüência numérica oral;
· ORGANIZAR UM QUADRO DE ANIVERSARIANTES, contendo a data do aniversário e a idade de cada criança;
· providenciar, para cada berço, objetos (brinquedos, argolas, móbiles) para que o bebê possa observar, tocar, tendo um despertar prazeroso.
Estimulação (IMPORTANTE)
A repetição e os elogios são muito importantes para que as crianças se sintam estimuladas a avançar na construção do seu conhecimento. Para isso, o educador pode utilizar atividades de estimulação como as seguintes:
· levar a mão do nenê a acariciar o seu rosto e fazer o mesmo com sua mão no rosto do nenê;
· carregar a criança nos braços, voltada para a frente, formando uma cadeira com seus próprios braços, ou então acomodá-la de bruços, pois assim ela terá uma maior amplitude visual;
· fazer movimentos com objetos coloridos, que façam barulho, para que a criança ouça, observe e acompanhe;
· pendurar objetos coloridos e sonoros (sem exagerar na quantidade) em posições diferentes e na altura que a criança possa alcançar (no início, ela só olhará para eles; mais tarde, tentará tocá-los);
· acomodar o nenê no chão, de bruços, sobre um tapete ou cobertor, com vários objetos coloridos ou que façam barulho à sua frente; fazer um pequeno rolo com uma toalha e colocá-lo debaixo do peito do nenê, estimulando-o para que ele se mova em direção aos objetos;
· oferecer a mamadeira para o bebê, ajudando-o a segurá-la com as duas mãos, em posição reclinada. Olhar sempre nos olhos dessa criança e conversar com ela;
· procurar deixar o nenê entre 3 e 6 meses, quando acordado, em posição reclinada, apoiado em travesseiro e com suas próprias mãos colocadas à frente;
· procurar tornar a hora do banho bem agradável, segurando o bebê firme, para que se sinta seguro. Fazer brincadeiras como bater as mãos e os pés na água, colocar objetos que fiquem boiando na banheira para chamar atenção do bebê etc.;
· levar, sempre que possível, o bebê para passear; cantar para ele e mostrar-lhe coisas diferentes;
· fazer a criança rolar de um lado para o outro, sempre mostrando algum objeto colorido que possa interessá-la;
· deitar o nenê de costas; aproximar um chocalho de seus pés e fazê-lo dar chutes para movimentá-lo e produzir sons;
· colocar o bebê em frente a um espelho durante algum tempo, chamando-lhe a atenção para que se olhe;
· dar à criança um objeto pequeno, procurando fazê-la passar de uma à outra mão;
· dar dois objetos pequenos ao bebê para que segure um em cada mão; tentar fazê-lo bater um no outro. Procure imitar o som produzido;
· oferecer ao nenê objetos de vários tipos como: espuma, lixa, toalha, madeira, metal, borracha e outros. Se ele estranhar, apresentar o objeto em outra ocasião e em outro contexto. Oferecer também alimentos ou objetos variados, para que a criança possa sentir gostos e cheiros diferentes. Exemplo: açúcar, sal, limão, talco, perfume etc.;
· permitir que a criança vá, gradativamente, pegando com as próprias mãos, pedaços de frutas, pão etc.; permitir, também, que ela mexa na comida e não se importe se ela se sujar (esta atividade é importante para que mais tarde a criança aprenda a comer sozinha);
· acariciar, cantar e repetir sons ou gestos emitidos pela criança na hora da troca de fraldas ou do banho;
· fazer, a partir dos sete meses, o nenê sentar-se sozinho, em posição de ioga, apoiando as mãos na frente do corpo;
· brincar de “cuca-achou” ou “achou-sumiu” com o nenê, cobrindo o seu rosto com um pano, chamando a sua atenção e levando-o a retirar o pano. Se o nenê não entender a brincadeira, recomeçar tampando somente a metade do seu rosto. Depois, esconder o rosto do nenê e esperar que ele retire o pano. Esta brincadeira deve ser acompanhada de risos e gritos de alegria. Repetir esta brincadeira escondendo objetos de que a criança goste;
· bater palmas, levantar os braços, fazer gestos para que a criança o acompanhe já que ela gosta de imitar gestos;
· colocar o nenê de pé (depois dos oito meses) sobre suas próprias pernas, segurando-lhe as mãos; fazer com que ele impulsione seu corpinho para cima e para baixo, que se levante apoiando-se nas grades do berço, do quadrado, numa mesinha, chamando ou mostrando um brinquedo interessante;
· colocar vários objetos num barbante e ensinar a criança a puxá-los (esta atividade deve ser feita com os nenês que já engatinham ou que já andem);
· dar papel macio para que os bebês rasguem ou amassem com o cuidado para não colocar na boca.
Sugestões de Atividades da Rotina:
· chegada e recepção das crianças;
· organização da sala e dos materiais;
· atividades didático-pedagógicas;
· brincadeiras ao ar livre;
· higiene e troca de roupa;
· almoço;
· higiene bucal;
· repouso;
· atividades alternativas para as crianças que vão acordando;
· lanche;
· atividades didático-pedagógicas;
· brincadeiras ao ar livre;
· higiene e troca de roupa;
· jantar;
· higiene bucal;
· reorganização da sala;
· saída.
OBS: A construção da rotina deve ser feita pela escola levando-se em conta os seguintes aspectos:
· o cotidiano na creche está impregnado de vínculos e afetos nas atividades como comer, dormir, trocar fraldas, dar banhos etc.;
· o educador deve diversificar ao máximo o lugar das atividades, oportunizando passeios, excursões, entrevistas que proporcionem maior interação e diferentes leituras do mundo;
· as propostas devem ser desafiadoras, significativas e prazerosas, possibilitando novas descobertas;
· a diferenciação das realidades e a disponibilidade de materiais e espaços.
Bibliografia Recomendada
BALAGUER,I. Entrevista. Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre, n.7, nov1998/jan1999.
BONDIOLI,A. Manual de educação infantil de 0 a 3 anos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
BRASIL,BRASÍLIA. LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.1996.
_______.CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer 022/98. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil.. Brasília:,1998.
_______.Estatuto da criança e do adolescente. Lei 8.069/90.Rio de Janeiro:DP&A,2001.
_______.Referencial curricular nacional para a educação infantil. vols.I, II e III, Brasília: MEC-SEF,1998.
_______. Política nacional de educação infantil. Brasília. MEC/SEF, Coordenação de Educação Infantil.Brasília,1994.
EDWARDS,C. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FARIA,A.L.et alii. Educação Infantil Pós-LDB: rumos e desafios. São Paulo: Autores Associados, 1999.
FREINET,C. A pedagogia do bom senso. São Paulo: Martins Fontes, 1973.
GALVÃO,H.. Henri Wallon : uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes. 2.ª ed., 1995.
GARCIA, R.L. Em defesa da educação infantil. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
GARDNER, H. A criança pré-escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
LAROSSA, J. O enigma da infância: ou o que vai do impossível ao verdadeiro. In Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. Porto Alegre: Contra Bando, 1998.
PINTO,M. et alii. As crianças: contextos e identidades. Portugal: Universidade do Minho - Centro de Estudos da Criança,1997.
ROSEMBERG, F. et alii.. Creches e pré-escolas no hemisfério norte. São Paulo:Cortez -FCC,1994.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente : o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
ZABALZA, M. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.